O presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), Jorge Viana, afirmou na segunda-feira (11/8) que a China é o maior mercado para o Brasil, mas os Estados Unidos são o “melhor mercado”. A justificativa é que a pauta de exportação para os americanos é mais diversificada, com forte presença de empresas brasileiras.

Viana fez a declaração na abertura do Congresso Brasileiro do Agronegócio, em São Paulo. Ele ressaltou que a discussão sobre as tarifas dos EUA contra exportações brasileiras é complexa e “carrega questões políticas difíceis de enfrentar”. Viana não mencionou diretamente o ex-presidente Jair Bolsonaro, mas fez uma referência indireta à justificativa de Donald Trump para as sanções.

Para reforçar a presença do país, a Apex-Brasil está abrindo um escritório em Washington e prometeu reuniões periódicas com todos os setores afetados pelas tarifas. Viana defendeu uma ação integrada em defesa dos produtos brasileiros, sugerindo que alimentos e itens que os americanos não produzem, como o café, poderiam ser excluídos da cobrança de tarifas. “Dá para ter aliados lá (nos Estados Unidos), dá para reunir setores empresariais lá, e, de acordo com o interesse deles, eles vão nos livrar de algumas dessas situações que afetam nosso comércio”, disse.

Além disso, Jorge Viana informou que a Apex-Brasil está organizando missões empresariais na Indonésia, Malásia e Índia, com participação do agronegócio. “Nosso compromisso é o de intensificar o trabalho em defesa dos produtos brasileiros na busca de ocupar mais espaço no mercado externo”, afirmou.