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No Acre, morre terceira vítima de acidente na Via Verde após mais de um mês internada em UTI

Após mais de um mês internado, o operador de alarmes Fábio Farias de Lima, de 34 anos, morreu na na tarde desta quinta-feira (22) na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Pronto-Socorro de Rio Branco.Ele era funcionário da Empresa Estação VIP e foi atropelado, juntamente com mais dois colegas de trabalho e uma motociclista, na Via Verde, no dia 17 de abril, na capital.

A morte do operador foi confirmada pela empresa em uma nota de pesar. “É com profundo pesar que a Empresa Estação VIP, por meio da sua diretoria, comunica a todos a perda inesperada do nosso funcionário”, diz o comunicado.

Fábio teve diversas fraturas pelo corpo, passou por cirurgias e precisou, inclusive, de doações de sangue. No início do mês, uma amiga da família chegou a informar ao g1 que Fábio tinha saído da sedação e começava a reconhecer familiares.

A reportagem conversou nesta quinta, brevemente, com um parente do operador de alarme. O familiar se limitou a dizer que estava preparando o velório e enterro de Fábio e acrescentou que a família vai em busca de justiça.

Talysson Duarte é o condutor que dirigia a caminhonete e invadiu a pista contrária atingindo três motocicletas, duas dos funcionários da Empresa Estação VIP e outra da autônoma Raiane Xavier. O acidente causou a morte instantânea de Macio Pinheiro da Silva.

Carpegiane Lopes, Fábio Farias e Raiane Xavier foram socorridos e levados para o Pronto-Socorro de Rio Branco. Cerca de três dias depois, Carpegiane Lopes morreu na UTI do PS. 

Protesto

Os familiares e amigos de Macio Pinheiro da Silva e Carpegiane LOpes fizeram uma manifestação no dia 1º de maio pedindo justiça pelas mortes dos dois. O protesto aconteceu na entrada da Ponte Metálica Juscelino Kubitschek, que dá acesso do Primeiro ao Segundo Distrito.

O chefe da seção de operações da PRF-AC, Nelis Newton, recebeu os familiares na sede do órgão e segundo ele, esclareceu que os procedimentos adotados pela polícia foram os corretos, embasados no Código de Trânsito Brasileiro (CTB).

A Polícia Rodoviária Federal assegurou que os procedimentos adotados sobre o acidente foram corretos. Na época, Nelis Newton afirmou que, em razão da repercussão do caso, seria aberto um procedimento interno.

Motorista liberado

No dia do acidente, a PRF foi chamada, isolou a área e acionou a perícia e o Instituto Médico Legal (IML).

À Rede Amazônica Acre, a equipe policial que estava na ocorrência informou que retirou o motorista do local com medo de represálias, mas que ele seria apresentado na Delegacia de Flagrantes (Defla) para depoimento e demais procedimentos

Ainda no local do acidente, a PRF afirmou que pegou os dados do motorista e o depoimento, porém, por conta da comoção e do baixo efetivo, ‘permitiu que Talysson deixasse o local’. Com isso, o motorista não foi apresentado na delegacia no dia do acidente, sendo liberado.

A PRF chegou a divulgar uma nota argumentando que o motorista foi liberado por possível risco à sua integridade por conta da revolta no local. A corporação contestou ainda a alegação de que o suspeito foi protegido por supostamente ser integrante de forças de segurança.

O deputado federal e marido da dona da Empresa VIP, coronel Ulysses Araújo, chegou a criticar a liberação do condutor e pediu explicações à PRF-AC.

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